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Shauane Fonseca

Um brinde ao grande romance americano

É hora de ler, reler ou assistir a “O Grande Gatsby”, publicado há 95 anos


CLÁSSICO Do papel ao streaming: a versão de Leonardo DiCaprio como “Gatsby” já está disponível nas plataformas digitais
CLÁSSICO Do papel ao streaming: a versão de Leonardo DiCaprio como “Gatsby” já está disponível nas plataformas digitais (Crédito: Divulgação)

Publicado em abril de 1925, “O Grande Gatszy” é tão atual que até esquecemos que ele fez 95 anos. Considerado um dos maiores romances de todos os tempos, a obra-prima de F. Scott Fizgerald traz em si a essência do espírito americano: a possibilidade de realização de um sonho – e o preço inevitável que se paga por isso.


A história é simples: o “ex-Zé Ninguém” Jay Gatsby torna-se um bem-sucedido milionário, apenas para descobrir que nem todo o dinheiro do mundo é capaz de comprar o que mais deseja – o amor de Daisy e o tempo que ficou para trás.


A obsessão de Gatsby, o desencanto com o sonho que vira pesadelo e a ostentação hedonista dos anos 1920 nos instiga a imaginar que o livro poderia facilmente ter sido escrito nos dias de hoje. Essa coincidência histórica serve para provar que “O Grande Gatsby” é uma obra ainda mais multifacetada do que imaginávamos – e definitiva. Não é à toa que sua trama já foi levada ao cinema cinco vezes. Também disponível em e-book, é um dos expoentes do “grande romance americano”, livros que eternizaram o modo de vida dos EUA no século XX. Não deixa de ser uma ironia constatar que o velho “Gatsby” ainda está entre os livros mais atuais em pleno século XXI.


Um autor belo e maldito


F. Scott Fitzgerald
F. Scott Fitzgerald (Crédito: Divulgação)

Com um estilo que o posicionava entre a objetividade seca de Ernest Hemingway e o lirismo de Ezra Pound, Francis Scott Fitzgerald é um dos grandes escritores americanos do século 20. Além de “Gatsby”, livros como “Belos e Malditos” e “Suave é a Noite” o inseriram no panteão das lendas literárias . Sua vida pessoal também daria um ótimo romance. Depois de ser voluntário na Primeira Guerra Mundial, conheceu a escritora Zelda, com quem se casou em 1920. Os dois moraram em Paris e viraram celebridades em Nova York. Viveram intensamente o glamour da Era do Jazz até que, em 1930, Zelda foi internada com esquizofrenia em um sanatório na França. Fitzgerald morreu dez anos depois, vítima do alcoolismo e da tuberculose. Tinha 44 anos.

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