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Redação

Cuidados paliativos são essenciais no tratamento de câncer em crianças


Por Hamilton Robledo, pediatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


O dia 15 de fevereiro é marcado pelo Dia Internacional da Luta contra o Câncer Infantil e assim como o tratamento, a cura e o combate, os cuidados paliativos têm um papel importante na vida da criança diagnosticada com câncer. A taxa de mortalidade do câncer no público infantil no Brasil é duas vezes maior do que nos Estados Unidos, de acordo com dados do Instituto Desiderata.


O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que 80% dos casos em crianças podem ser curados, caso sejam diagnosticados precocemente. Dentro disso, por não ser possível que todas sobrevivam, os cuidados paliativos se tornam uma forma de prover o atendimento adequado do diagnóstico ao desfecho da condição.


Nesses casos, é essencial que o suporte para a criança e para a família seja multidisciplinar e possa abranger o físico, emocional, espiritual e social, assim como o apoio às famílias quanto ao luto pela perda. Também é função dos cuidados paliativos mediar os conflitos sobre as decisões de fim de vida, que no caso do paciente infantil, podem ser ainda mais complicadas.


Para pacientes oncológicos, especialmente crianças, a qualidade de vida durante o cuidado e tratamento com a doença é essencial para que os momentos de vida com a doença sejam os mais pacíficos possíveis.


Pensando a partir do ponto de tornar o tempo de vida mais qualitativo ao invés de prolongar a sobrevida por meio de tratamentos invasivos, é preciso ressaltar que a luta contra o câncer – marcada pelo dia 15 de fevereiro –, em casos terminais, também pode ser a oportunidade de viver bem o tempo que se tem.


De acordo com o INCA, a prática de cuidados paliativos pediátricos foi definida em 1998 como assistência prestada a pessoas com doença crônica e/ou ameaçadora da vida. No Brasil, os cuidados paliativos ainda não são acessíveis para todos, especialmente pela falta de medicamentos para combater a dor.


Cuidados paliativos no Brasil


Uma das formas de aumentar as chances de cura da condição no público infantil é manter os exames da criança em dia, desse modo, o câncer será identificado nos primeiros estágios, o que facilita a recuperação. Além disso, segundo um relatório do governo federal, dos pacientes, em cuidado paliativo, 34% têm algum tipo de câncer.


O cenário dessa assistência no país é de avanço, mas também de estigma. Embora os pacientes que necessitam dessa prática tenham aumentado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a valorização do indivíduo frente à doença é um debate na saúde quando se trata dos cuidados paliativos.


A tendência é de que essa assistência seja cada vez mais procurada por conta do envelhecimento da população e por uma busca maior das pessoas em preservar a qualidade de vida durante todas as fases da doença.


Sobre a Rede de Hospitais São Camilo


Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 5 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 1 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.


Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros. No Brasil, desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

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