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Lucas Munford

Brasileiros em maioria fazem planejamento financeiro


João Fossaluzza, CEO da Atto Exp Empresarial, comenta como se planejar financeiramente


Uma pesquisa realizada pela Associação Planejar com pessoas de 16 a 60 anos das regiões Sul e Sudeste do país, além do Distrito Federal, constatou que 64,6% pretendem fazer planejamento financeiro.


Foram 600 pessoas ouvidas em maio deste ano, na faixa etária de 45 a 59 anos. Entre o total dos que planejam, 28,9% contam com alguma orientação, sendo os jovens de 16 a 24 anos a maior taxa dos que recebem auxílio, com 32,3%.


“O planejamento financeiro é essencial para que uma pessoa ou uma empresa consiga tomar decisões estratégicas para atingir os seus objetivos de curto, médio e longo prazo”, explica João.


As metas do planejamento vão desde organizar as finanças (46,2%), passando por evitar o endividamento (41%), sair do endividamento (9,8%) e se preparar para a aposentadoria (18,6%). Os investimentos em renda fixa ou variável são metas de 18,6% dos entrevistados. Outros 14% fazem com o intuito de comprar um imóvel e 7,4% planejam comprar um veículo.


"Planejamento, trata-se de manter um equilíbrio entre as necessidades presentes e futuras. É necessário se preparar para tudo, literalmente. Tenha controle de quanto se gasta, trace metas, avalie o uso de tudo que está sendo consumido ou utilizado, além de criar uma estratégia para o dinheiro poupado”, diz João.


Embora a maioria tenha vontade de se planejar, uma pesquisa da feita pela Leve, fintech de educação financeira, provou que mais da metade das pessoas no Brasil não consegue se planejar para o futuro, são cerca de 52% dos brasileiros.


Para Rodrigo Mendes, CEO da Maquininhas de Cartões, deve-se utilizar os cartões de crédito com sabedoria. “A verdade é que gostamos de comprar, de gastar. Mas, quando a conta chega, também precisamos estar prontos”, diz.


O percentual de brasileiros endividados chegou a 77,7% em abril deste ano, o maior nível desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), da CNC, em janeiro de 2010. Em abril de 2021, as famílias com dívidas eram 67,5%. Em março deste ano, eram 77,5%.


“A crise econômica provocada pela pandemia trouxe uma mudança de comportamento, agora as pessoas estão mais preocupadas com o planejamento. Deve ser, além de só teoria, a prática também. É necessário ter disciplina também. No final, acaba valendo a pena estar preparado para tudo”, conclui João Fossaluzza, da Atto Exp Empresarial.

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