No ano passado, o setor de maquininhas de cartão acumulou 89,4 mil reclamações no site do Reclame Aqui. O volume representa um aumento de 27% em relação ao ano de 2020, com 70.414 reclamações registradas.
Já em uma pesquisa aplicada entre os dias 22 e 26 de agosto de 2019, o portal ouviu 8,2 mil pessoas, sendo 84,4% consumidores e 15,6% comerciantes, e o resultado surpreende: 74% dos empreendedores já trabalhavam com “maquininhas” em seus estabelecimentos e 54,5% afirmaram ter problemas nos equipamentos.
O levantamento também mostrou que 62% dos comerciantes tinham apenas uma maquininhas de cartões em seu negócio. E do lado dos consumidores, 18% tiveram problemas em experiências com essas máquinas, e em 53% das vezes foram problemas de conexão à internet.
Segundo Ana Paula Kubinhets, CEO da Aquarelle, empresa de soluções de gestão de ativos e controle de qualidade, um bom e rápido serviço é a junção de alguns elementos que são importantes. O que deve ser considerado pelo lojista ao escolher a fornecedora da maquininha de cartão, seja para troca ou reparo da máquina, solicitação de bobina, ou outras necessidades, é uma série de fatores.
“A gente pode pensar nas maquininhas como essenciais aos lojistas. Hoje em dia é difícil pensar em clientes que realmente só andam com o dinheiro. Com isso, o setor acaba se desenvolvendo e a pessoa que deseja adquirir uma máquina precisa ter certeza da empresa e analisar seus serviços para atender melhor aos clientes, né”, diz Rodrigo, CEO da Maquininhas de Cartões.
“Podemos pensar também em diversos problemas, como os de conexão de internet, se o equipamento não funcionar mesmo depois de realizar testes remotos e demais. Já a questão logística envolve retiradas nos locais, máquinas consertadas e depois devolvidas, ou substituídas, pode ser mais facilmente controlada pelas credenciadoras por um sistema inteligente de gestão de ativos”, explica.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em 2019, 40% das vendas do varejo foram feitas via cartão de crédito e débito, e a estimativa é que o índice de participação dos cartões no consumo das famílias brasileiras atinja até 60% em 2022. A Abecs projeta que os cartões devem movimentar R$ 3,2 trilhões em 2022, uma alta de 21% em relação a 2021, quando foram R$ 2,65 trilhões. Para Rodrigo , o setor, embora já desenvolvido, precisa ter uma nova reinvenção.
“Cada vez mais cresce a oferta das máquinas de cartões. Parece que pode ser um mercado “ganho”, mas não é. O lojista que pretende adquirir uma máquina precisa realmente conhecer a empresa fornecedora”, finaliza Rodrigo.
Ainda de acordo com a Associação, o faturamento combinado de 3 grandes players do mercado de maquininhas com dados públicos (Cielo, Getnet e PagSeguro) subiu 20,8% no 1º semestre de 2021 ante o mesmo período de 2020.
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